segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

#1

Jenny suspira... Há um laço de cor vermelha e de cheiro avelã em seus cabelos. Mas a infância não se resume a isso. Nas memórias não se podem colocar traços materiais que identifiquem a natureza do espírito; O próprio corpo só se reconhece como jovem se ainda houver pistas de sorrisos espontâneos, e tudo o que Jenny tem a oferecer a falsidade indulta de não ser mais uma criança - aos catorze anos -, necessita, toda manhã, de um nó. E quase sempre, para Jenny, a avelã tem cheiro de carniça, enquanto o vermelho a lembra do sangue roubado... Os signos a fazem caminhar.

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