O mal que fiz a terra virou barro,
torneado, vendido por poucos centavos.
O mau que fiz a mim, cheio de erros,
tornou o meu entender diluído.
Sinto falta do tempo...
do tempo dos outros,
quando enganos eram corrigidos com espadas,
quando transtornos eram apenas elétricos.
Sou uma foto,
um bem nostálgico vivo e aclamado.
Certo de mim, de minhas falhas e acertos,
ocupo a vaga empregatícia de um bêbado.
Esse poema não tem fim,
esse poema não tem pretexto,
escrever é uma marca d’água.
Meu abscesso está quase curado.
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