Eu estou numa longa viagem
Sendo levado pela escuridão
Ouvindo apenas o silêncio
Vestindo o mesmo trapo que o da solidão
Enxergando a minha sempre breve alusão do caminho
Passando por roletas que me condenam mais ainda
Ingerindo olhares de desgosto, nojo, culpa e ânsia de morte
Sentindo o toque de meu longínquo passado podre ao tentar achar meu norte
Imaginando o sorriso mais lindo do mundo que ajudei a criar - crescer
Chorando sem ninguém por perto – agora -, pra tentar parecer forte sempre me ver
Lembrando a cada minuto que se passa que eu devo ser esquecido
Destruindo a minha razão e as minhas paixões sempre que possível
Arrumando o espaço em branco, a metafísica, o sorriso amarelo e o vazio
Deixando a prudente desordem para que não sobre mais nada...
Nada além de nada e de tudo o que está por vir – mesmo que seja pouco, mas que seja em paz porque nada é demais; Tudo é falho e precisamos consertar, além de conservar. Não somos sardinhas, ervilhas, azeitonas ou Walt Disney.
Não me interessa o que os outros pensam sobre felicidade
Eu sei ‘muito pouco’ sobre isso
E não desejo opinião.
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