terça-feira, 22 de novembro de 2011

Trajetória

Eu estou numa longa viagem

Sendo levado pela escuridão

Ouvindo apenas o silêncio

Vestindo o mesmo trapo que o da solidão

Enxergando a minha sempre breve alusão do caminho

Passando por roletas que me condenam mais ainda

Ingerindo olhares de desgosto, nojo, culpa e ânsia de morte

Sentindo o toque de meu longínquo passado podre ao tentar achar meu norte

Imaginando o sorriso mais lindo do mundo que ajudei a criar - crescer

Chorando sem ninguém por perto – agora -, pra tentar parecer forte sempre me ver

Lembrando a cada minuto que se passa que eu devo ser esquecido

Destruindo a minha razão e as minhas paixões sempre que possível

Arrumando o espaço em branco, a metafísica, o sorriso amarelo e o vazio

Deixando a prudente desordem para que não sobre mais nada...

Nada além de nada e de tudo o que está por vir – mesmo que seja pouco, mas que seja em paz porque nada é demais; Tudo é falho e precisamos consertar, além de conservar. Não somos sardinhas, ervilhas, azeitonas ou Walt Disney.


Não me interessa o que os outros pensam sobre felicidade

Eu sei ‘muito pouco’ sobre isso

E não desejo opinião.



A.A>