Os olhos pertencem à alma
Não faz sentido ver o futuro
Nem ficar preso ao passado
O presente não existe
O coração só bate
Ou não mais
É o fluxo continuo que faz respirar
É apenas a metáfora pra quem ama
O amor é apenas uma desconversa pra quem não sabe viver só
A solidão é o ‘maior’ dos desencontros
A única companhia que se pode assassinar
O crime sem culpa
Moralmente é o encontro perfeito
Nesse episódio mundano não existe nada de perfeição
Os pés descalços entendem
Tua voz entende
A mente entende
Teu singular vocabulário entende
A sua réplica social de cansaço entende...
Mas apesar,
De todas as formas de teu ser indicarem as retóricas
Todos os dias
Incessantemente
A sua versão de si mesmo não aceita que o mundo não gira
Quem gira são peões de brinquedo, ponteiros de relógios e
O planeta
Se você girasse tanto quanto acha já teria morrido de tão tonto.
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