quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Lie

Os olhos pertencem à alma

Não faz sentido ver o futuro

Nem ficar preso ao passado

O presente não existe

O coração só bate

Ou não mais

É o fluxo continuo que faz respirar

É apenas a metáfora pra quem ama

O amor é apenas uma desconversa pra quem não sabe viver só

A solidão é o ‘maior’ dos desencontros

A única companhia que se pode assassinar

O crime sem culpa

Moralmente é o encontro perfeito

Nesse episódio mundano não existe nada de perfeição

Os pés descalços entendem

Tua voz entende

A mente entende

Teu singular vocabulário entende

A sua réplica social de cansaço entende...

Mas apesar,

De todas as formas de teu ser indicarem as retóricas

Todos os dias

Incessantemente

A sua versão de si mesmo não aceita que o mundo não gira

Quem gira são peões de brinquedo, ponteiros de relógios e

O planeta

Se você girasse tanto quanto acha já teria morrido de tão tonto.



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