Hei de dar-te beijos
De chegada
Ou despedida
De roupa
Ou despida
Em pé, perto da árvore preferida
Ou deitada em cima de uma ferida
Minha.
Hei de cremar-te na pureza
Nosso estratagema
Um só refúgio
Nosso medo chato
Um só prelúdio
Em quietude, distante de tudo
Um nimbo de tristeza
Seu.
Herdaremos de ser mor valente
Mesmo a vida parecendo insuficiente
Nossos braços amarrados feito correntes
O maior dos perigos,
Impedindo a passagem pelo umbral da solidão.