Não importa o que dizem, mas sim
quem diz...
Caso um dia, uma pobre alma
desafortunada das riquezas materiais e livre da consciência estética e de
beleza imposta como ‘padrão’ lhe diga o quanto valem as verdades sobre os
sentimentos das diversas populações desse mundo – e quiçá de outros mundos e
civilizações -, não há a menor dúvida de que seus ouvidos não ouvirão - se já
não deixaram de ouvir; Pois muito mais vale a palavra do ignorante politizado
que se molda conforme os padrões daquilo que é belo e consumível, fazendo jus
ao pouco que sabe: “Seres humanos vivem para o prazer”. É assim que velhas
morais continuam a se autorregulam e a se firmarem perante aos absurdos dessa
humanidade patológica. Enquanto não houver anarquismo – o poder de falar e,
mais ainda, de se ouvir a quem tem algo a dizer (não importa sobre quais
vestígios, passagens ou imaginações) -, o desfecho para a criação humana
continuará sendo premeditado: apocalíptico, no mínimo e como parece que o sempre
foi. Quem sobreviver, em voga, retornará à condição de ermitão – tão solitário
quanto os parentes do passado: modernos (tomados por chips e amigos virtuais),
mas a diferença estará, enfim, na consciência e sabedoria acerca do que um dia
foi a sociedade; presente nos olhares daqueles que habitam cavernas.
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