terça-feira, 24 de novembro de 2009

Decadência

Essência de época, aguçada pela angústia
Jurisprudência cética, justiça nada justa
Parnasianismo desmembrado, perfeito Estado antagônico
É eloqüente o hino dos tradicionais modernos

Nessa via-crúcis cotidiana
Acordamos ancorados em problemas
Sem tempo e fazendo contas
A todo instante estamos distantes de um agora
Pensando no amanhã
Vestindo a moda démodé
Cultuando corpos, desmerecendo sentimentos...

Nós somos anacrônicos!
Evoluímos à custa da necessidade de pairarmos acompanhados,
E deixa que o inferno seja para os pecadores,
Queixa que quem crê será perdoado,
Enquanto demônios riem a toa.

De razoável percepção castradora
Nossos pedaços estão no chão
E não há remorso algum em ser livre
Apenas certo sentido em comemorar tantos erros.

Vamos copular mais um natal,
Feriados e jejuns
E deixa que as nuvens brancas só combinem com sabedoria,
Aqui no inferno, vale mais a ousadia.