segunda-feira, 3 de maio de 2010

A minha poesia

A minha poesia não se mede,
ela perde vogais e consoantes.
A Minha Poesia não tem dom,
apenas reflete um espírito perturbado (n).
A minha poesia não tem cabimento,
permanece exprimida entre sorte e azar.
A minha poesia não tem personificação,
há dias em que ela se recita no 'sim', outros dias no 'não' (n).
A minha poesia não tem fim,
tenho o coração teimoso e a musa ideal.

A minha poesia é de furor,
nasci, cresci, me reproduzi (não me contento), vou morrer (n).
A minha poesia é de temporal,
de leitura rápida, reflexão, concordância, aceitação ou não (n).
A minha poesia é moderna,
e, apesar de criticar, lamenta só informar sensações do progresso.
A minha poesia se repete,
é feita de linhas que também se invertem – à procura do melhor sentido (n).
A minha poesia tem um preço,
à quem lê: tempo e sentimento. Para mim: segredo.

(n) = Depois!

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